Era um campeonato municipal de Rio
Negro – PR de futsal, inicio dos anos 2000, no ataque, ele com a bola, atrás dele
só o goleiro, no meio da quadra, de frente para o marcador, o pé já
evidenciando um elástico, eu sabia que ele faria o elástico, toda a torcida sabia
que ele faria o elástico, até o marcador sabia que ele faria o elástico, como
uma presa na eminência do ataque, certamente imaginava que precisaria de uma
arma que impedisse aquilo que era evidente, mas qual arma? em tão pouco tempo. É,
sem tempo. Sem armas, ELÁSTICO... o pé do marcador chuta o ar, a presa ergue a
cabeça olhando para o céu exalando ódio, destino cumprido, caído no
lugar-comum.
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